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Global Artivism 2025 transforma Salvador com arte e ação

Por em 1/11/2025 Atualizado em 05/11/2025 20:47

A capital baiana se torna o epicentro da arte e da transformação social com a chegada do Global Artivism 2025, que acontece de 3 a 5 de novembro, reunindo mais de 800 artistas, líderes culturais e ativistas de 60 países.

Antecipando a COP30, a conferência global propõe um diálogo entre arte, política e sustentabilidade, colocando a cultura no centro do debate climático e social.

Uma conferência global pela arte e pelo planeta

O Global Artivism 2025 nasce da urgência de repensar o papel da criação artística frente às grandes crises do mundo contemporâneo. A proposta é clara: usar a arte como ferramenta de mobilização, consciência e mudança coletiva.

Durante três dias intensos, Salvador receberá 80 painéis, oficinas, performances e shows que refletem sobre passado, presente e futuro da arte engajada.

Entre os nomes confirmados estão:

  • Margareth Menezes, ministra da Cultura;
  • Guz Guevara (México);
  • DJ Cavem (EUA);
  • Viviene Ferreira (Brasil);
  • ALT BLK Africa;
  • Puma Camillê (Brasil);
  • Bashar (Palestina).

Esses artistas e pensadores discutem como arte, ancestralidade e ativismo podem se entrelaçar para inspirar políticas culturais e ambientais mais justas.

Programação se espalha por Salvador

As atividades do Global Artivism ocupam espaços simbólicos da cidade, transformando Salvador em um grande território criativo.

Os principais locais incluem:

  • Hotel da Bahia by Wish
  • Pelourinho
  • Teatro Gregório de Mattos
  • MUNCAB (Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira)
  • Cine Glauber Rocha
  • Goethe-Institut
  • Casa do Hip-Hop
  • Casa do Carnaval da Bahia

Parte da programação é gratuita e aberta ao público, reforçando o compromisso do evento com o acesso democrático à cultura.

Os três eixos do Global Artivism 2025

A conferência se estrutura em três grandes eixos temáticos, que guiam os debates e atividades ao longo dos dias:

Dia 1 – Presente

Discussões sobre crises ambientais, políticas e culturais, com foco na arte como ferramenta contra o autoritarismo, a desinformação e o negacionismo climático.

Dia 2 – Passado

Oficinas no Pelourinho resgatam saberes afro-brasileiros, memórias ancestrais e práticas de resistência, destacando o papel da cultura negra na formação do Brasil.

Dia 3 – Futuro

Os grupos elaboram alianças, manifestos e compromissos coletivos, consolidando uma rede internacional de artistas-ativistas comprometidos com o planeta.

Salvador se torna palco de celebração e resistência

Na terça-feira, 4 de novembro, o Pelourinho será o coração pulsante do evento. A noite promete música, dança e ancestralidade, conectando ritmos que atravessam continentes — do Sudão à Indonésia.

A programação é gratuita, começa às 17h e se espalha pelos largos do Centro Histórico:

  • 📍 Atelier Anunciação – A partir das 17h
  • 📍 Largo do Pelourinho – Concentração às 18h com A Mulherada, Didá e Maracatu Ventos de Ouro
  • 📍 Largo Quincas Berro D’Água – A partir das 19h com Kai Mata (Indonésia), ALT BLK (África), CapoeiraVogue e IFÁ
  • 📍 Largo Terreiro de Jesus – Projeções do SSA Mapping com VJ Kelly Pires
  • 📍 Negro’s Bar – DJ Tulani Masai e Reggae a Banda, a partir das 19h

Uma noite para celebrar o encontro de culturas e a potência da arte como ato político.

O que é Artivismo

O termo Artivismo surge da fusão entre arte e ativismo. Ele representa artistas que atuam enraizados em suas comunidades, utilizando a criação como meio de mobilização, denúncia e transformação.

O Global Artivism promove essa filosofia em escala mundial, construindo pontes entre territórios, linguagens e causas sociais.

Serviço – Global Artivism 2025

  • Datas: 3 a 5 de novembro de 2025
  • Horários: 9h às 18h (atividades); shows à noite
  • Locais principais: Hotel da Bahia by Wish e espaços culturais de Salvador
  • Inscrições: no site oficial do evento
  • Mais informações: @globalartivism

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Rafaele Libório

colunista

Publicitária, agitadora cultural e apresentadora. Apaixonada por comunicação e cultura baiana, fundou a Roda Cultural onde atua como diretora criativa, produtora de conteúdo, redatora, filmmaker, editora e em tudo que precisar, é o famoso: pau para toda obra.

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