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Espetáculo “Auto da Compadecida” volta em nova temporada no Teatro FARESI

Por em 24/07/2025 Atualizado em 24/07/2025 19:39

Montagem baiana da clássica obra de Ariano Suassuna retorna aos palcos nos dias 08, 09, 15 e 16 de agosto, com sessões sempre às 20h

Aclamado pelo público soteropolitano, o espetáculo “Auto da Compadecida”, baseado na obra-prima do autor paraibano Ariano Suassuna, volta em cartaz em Salvador. A nova temporada será apresentada no Teatro FARESI (antigo Teatro ISBA), um dos maiores espaços culturais da cidade, com sessões às sextas e sábados, nos dias 08, 09, 15 e 16 de agosto, sempre às 20h.

Os ingressos custam entre R$30 e R$80 e estão disponíveis na plataforma Ingresso Digital: Compre aqui

Auto da Compadecida: clássico do teatro nordestino

Montado pelo Centro Cultural Ensaio, o espetáculo já soma mais de dois anos de sucesso, com dez temporadas realizadas em locais icônicos como o Largo Tereza Batista, Praça Pedro Arcanjo, Teatro Jorge Amado, Centro Cultural SESI Casa Branca, entre outros.

A nova temporada mantém a essência do texto original, mas com uma abordagem cênica inovadora: a narrativa começa pelo fim, com os personagens já mortos e no céu, trazendo uma nova perspectiva às aventuras de João Grilo e Chicó, os anti-heróis mais queridos da dramaturgia brasileira.

Direção e elenco

A direção e encenação são assinadas por Fábio Tavares, conhecido por produções como “Lenda das Yabás” (2012), “Fé” (2017), “Navalha na Carne” (2023) e “Os Saltimbancos” (2024). Tavares apresenta uma encenação dinâmica e atualizada, que dá ainda mais vida e comicidade ao texto original.

O elenco conta com nomes como Augusto Barbosa, Freitas Jr., Jayana, Juliana Costa, Kaio Britto, Leo Santos, Lucas Teixeira, Samuel Ferreira, Thales Moreira e Thallia Anatália. Juntos, eles dão vida aos personagens icônicos da trama, como a Compadecida, o Cangaceiro Encourado, o Bispo, o Padeiro e outros.

Humor, crítica social e religiosidade

O espetáculo é uma oportunidade para o público baiano reviver o humor ácido, as críticas sociais e a religiosidade popular que marcam o Auto da Compadecida. A peça mistura comédia e fantasia com um olhar afiado sobre questões morais e sociais que seguem atuais.

Além das risadas, o texto propõe reflexões sobre justiça, fé, desigualdade e corrupção, sem perder o tom leve e sarcástico que tornou a obra um dos maiores clássicos da literatura e do teatro brasileiro.

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Rafaele Libório

colunista

Publicitária, agitadora cultural e apresentadora. Apaixonada por comunicação e cultura baiana, fundou a Roda Cultural onde atua como diretora criativa, produtora de conteúdo, redatora, filmmaker, editora e em tudo que precisar, é o famoso: pau para toda obra.

Rafaele Libório escreve sobre NotíciasTeatro