A exposição ERÊ, nova mostra do artista visual Elson Júnior, está em cartaz no MAC Bahia, marcando o início das atividades do projeto Arterua: Vivências e Experiências. As ações realizadas durante o Novembro Negro, transforma o museu em um espaço vivo de criação, memória e compartilhamento.

ARTERUA e o Novembro Negro no MAC Bahia

O projeto ARTERUA busca aproximar arte urbana, museu e território por meio de encontros, oficinas e vivências que celebram a cultura negra.

Assim, a abertura de ERÊ, inaugura um ciclo de experiências que fortalecem laços entre artistas, comunidade e ancestralidade.

O MAC Bahia, localizado na Rua da Graça, 284, passa a funcionar como um espaço de acolhimento, troca e circulação de saberes, ampliando o alcance das expressões afro-brasileiras no cenário artístico contemporâneo.

Quem é Elson Júnior?

O artista Elson de Sousa Ferreira, conhecido como Elson Júnior, nasceu em Salvador e é formado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia -UFBA. Sua trajetória é profundamente marcada pelo território do Curuzu, referência de resistência e potência afro-artística.

Com produção que atravessa ancestralidade, identidade, crítica social e poesia visual, Elson desenvolveu uma linguagem singular ao explorar canetas esferográficas em suas obras, técnica que se tornou marca registrada de sua pesquisa.

Seus trabalhos já passaram por instituições como:

• Bienal Brazil Black Art
• MAM-BA
• SESC Pompeia
• MUNCAB
• Centro Municipal de Arte Hélio Oiticica (RJ)

Ao dialogar com a vivência negra contemporânea, o artista cria pontes entre memória, cotidiano, espiritualidade e futuro.

A força criadora da infância negra

A exposição ERÊ investiga a infância negra como potência vital, simbólica e criadora, destacando sua capacidade de imaginar, reinventar e construir novas narrativas.

O conceito de Erê

Nas cosmologias afro-brasileiras, o Erê representa a criança ancestral, ser de energia vibrante que inspira movimento, alegria e transformação.
A mostra propõe revisitar essa força, trazendo à superfície:

• A energia do brincar
• A imaginação como ferramenta de cura
• A memória como território de resistência
• A infância como futuro possível

Estética, técnica e simbologias

O conjunto visual apresentado por Elson celebra elementos como:

• Corpos em movimento
• Cores pulsantes
• Referências da cultura afro-brasileira
• Lembranças afetivas que atravessam gerações

A técnica com canetas esferográficas cria texturas, sombras e camadas que intensificam a sensibilidade das narrativas. A escolha estética reforça a ideia de que o simples pode ser profundamente poderoso.

A voz do artista

Para Elson Júnior, ERÊ é uma convocação afetiva e ancestral:

“ERÊ é uma celebração da energia que nos move desde a infância. É lembrar que fomos, e ainda somos, potência criadora. Essa exposição nasce do território, da rua e da memória, e meu desejo é que cada pessoa que entrar aqui se reconheça e se sinta pertencente.”

Serviço

Exposição ERÊ – Elson Júnior
📍 Museu de Arte Contemporânea da Bahia (MAC Bahia) – Graça
📅 Visitação: Terça a domingo, das 10h às 20h, com entrada gratuita
🖤 Realização no contexto do Novembro Negro
🎨 Integra o projeto ARTERUA: Vivências e Experiências

A mostra segue em cartaz com programação especial aos fins de semana.