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Feira Baiana da Agricultura Familiar leva shows gratuitos para Parque Costa Azul

Por em 9/12/2025 Atualizado em 09/12/2025 16:49

A Feira Baiana da Agricultura Familiar chega à sua 16ª edição com uma programação extensa, marcada pela presença significativa de povos indígenas e comunidades quilombolas. O evento acontece entre os dias 10 e 14 de dezembro, no Parque Costa Azul, em Salvador, reunindo milhares de visitantes e mais de 6 mil produtos da agricultura familiar de todo o estado.

Com entrada gratuita, a feira se consolida como um dos principais espaços de valorização da tradição, da cultura e dos saberes ancestrais da Bahia, reunindo artesanato, gastronomia, música, bebidas artesanais e experiências culturais diversas.

Presença indígena e quilombola: tradição e identidade

As Tendas Indígena e Quilombola serão dois dos pontos de maior destaque desta edição. O público poderá conhecer de perto a produção artesanal de povos e comunidades tradicionais que transformam seus conhecimentos ancestrais em arte, sustento e preservação cultural.

Artesanato e identidades visuais

Nas tendas, os visitantes encontrarão:

  • Cestarias, cerâmicas e tapetes
  • Biojoias e acessórios (bolsas, brincos, colares)
  • Roupas com identidade étnica
  • Artigos rituais e culturais, como cocares e instrumentos musicais
  • Ervas, raízes e produtos naturais

Cada peça carrega história, espiritualidade e território, reforçando o elo entre preservação ambiental e resistência cultural.

Sabores da ancestralidade Payayá

Entre as produções indígenas, chama atenção a agroindústria dos Payayá, de Utinga (Chapada Diamantina), que transforma frutos nativos em:

  • geleias e compotas
  • doces artesanais
  • bebidas naturais
  • ervas tradicionais

Além disso, destacam-se produtos da caprinocultura, como doce de leite de cabra, queijo artesanal e ambrosia, todos livres de aditivos químicos.

Otto Payayá explica que cada item nasce de uma relação espiritual profunda com a natureza:
“Esses frutos nativos são cuidadosamente selecionados e transformados em produtos que expressam nossa ancestralidade e o cuidado com a terra.”

Cultura quilombola e sustentabilidade

Na Tenda Quilombola, a artesã Bilu, da ABPAGI (Baixo Sul), apresentará biojoias produzidas com coco de piaçava, fruto do extrativismo sustentável.

Segundo ela:
“Nossas peças são manifestações vivas da nossa história e da força da cultura quilombola.”

Chopes, gastronomia e música: diversidade em todos os sentidos

Além da dimensão cultural, a feira também fortalece a criatividade gastronômica da agricultura familiar.

Cervejas artesanais com identidade territorial

O evento reunirá choperias de oito cooperativas, com variedades que utilizam ingredientes típicos, como:

  • mandioca
  • cacau
  • café
  • licuri
  • umbu
  • caju
  • cajá

Duas praças gastronômicas

Para acompanhar os chopes artesanais, o público terá acesso a pratos e produtos como:

  • moquecas
  • caldos
  • opções veganas
  • iguarias regionais

Programação musical em três palcos

A música será um componente central da experiência, ocupando três palcos ao longo dos cinco dias de evento, valorizando ritmos e artistas da cena baiana.

A programação completa inclui artistas regionais, grupos tradicionais, bandas contemporâneas e manifestações culturais que reforçam o caráter diverso e popular do evento.

Um evento para 60 mil visitantes

A expectativa é que 60 mil pessoas passem pelo Parque Costa Azul entre os dias 10 e 14 de dezembro.

Realizada pelo Governo do Estado da Bahia, por meio da SDR e CAR, em parceria com o MDA e a Unicafes Bahia, a Feira Baiana da Agricultura Familiar se reafirma como um dos eventos culturais, econômicos e turísticos mais importantes do estado.

 Foto: Mateus Pereira/GOVBA

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Rafaele Libório

colunista

Publicitária, agitadora cultural e apresentadora. Apaixonada por comunicação e cultura baiana, fundou a Roda Cultural onde atua como diretora criativa, produtora de conteúdo, redatora, filmmaker, editora e em tudo que precisar, é o famoso: pau para toda obra.

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